sexta-feira, 16 de agosto de 2013

THE MULLET MONSTER MAFIA- MEGA Matéria: Entrevista, história, resenhas!!! [PARTE II]

Bem tamos de volta (parece programa de TV...) essa é a segunda parte da Mega Matéria Entrevista Resenhão do Mullet Monster Mafia...

Quem num viu a primeira parte ai vai o link: MMM Parte I

Quem já viu, aqui vai o segundo tanto de prosa, com Ed Lobo Lopez (Guitarra) do MMM.

A Go Go: Piracicaba é famosa pelas suas Pamonhas, pelo seu peixe ali no Dezoitos Restaurante incrível a beira do Rio Piracicaba), mas nunca pensei que fosse ficar famosa pelo surf music... como brotou essa ideia? Quais as influencias de vocês e de onde vieram essas influencias??
TMMM: Tudo começou com o Emiliano e o JC, antigo trompetista. EU (Ed) tinha uma banda de ska com o JC e a gente tinha parado de tocar já há mais de um ano. Na verdade eu até já tinha desencanado de tocar com banda, aí o JC me apresentou o Emiliano e eles falaram que estavam a fim de montar uma banda de surf music. Pensei, nunca toquei surf music, seria massa tirar uns sons só pra curtir com os camaradas, num precisa nem decorar letra. Mas essa porra num vai dar nada né, vai ser só por curtição mesmo, pensava. Começamos tentando tirar o surf music básico, uns Ventures, Dick Dale, Surfaris. Mas a coisa tava difícil. O batera tocou metal e hard core a vida inteira eu já tinha tocado de tudo quanto é peso também, mas nunca surf music. Tava duro de encaixar, aí falamos, porra vamos fazer um som. Foi quando a gente criou Sinister People Secrets e descobriu o que a gente iria tocar dali pra frente.

A Go Go: Tocar rock aqui no Brasil já é osso, no interior, pior ainda...e pra culminar Surf Music!!! Como vocês conseguem tanto gás pra lutar e batalhar por um lugar ao sol, ops um lugar nos buracos undergrounds?? Vocês mantém a banda, o selo, correm atrás de shows e tour (inclusive gringa), agilizaram uns clipe...passem o segredo ai...porque tem muita banda precisando!!!
TMMM: O segredo é gostar do que se faz. Tomar uns não na cara e mandar outros não também faz parte. Você tem que saber o que você quer e ir caminhando de acordo com o que está ao alcance. Num adianta montar uma banda e achar que vai fazer tour na Europa daqui uns anos. A gente só conseguiu tour na gringa porque a gente tinha um lastro bem cuidado no Brasil. Não fizemos a banda pensando em tour ou onde a gente podia chegar, fizemos a banda pensando em música.


A Go Go: Quando foi a Primeira Tour pela Europa e como agilizar esse feito? Qual foi o saldo da viagem?
TMMM: A primeira tour foi em 2010. Como a gente diz aqui, foi feita na unha, com um inglês bem do sem vergonha. Entrando em contato com alguns camaradas de lá e enviando a nossa música para os pubs. Traçamos uma rota e mandamos nosso som pra tudo quanto é lugar que tinha pra tocar. Tentamos fazer uma tour curta pra saber como era, afinal nenhum de nós nunca tinha ido pra Europa antes e o inglês né, nossa senhora, daquele jeito todo estranho. Mas o saldo foi bem positivo. Fizemos muitos amigos que nos ajudaram muita nesta última tour. Fizemos o que propomos fazer, até porque tocamos na maioria dos bares que nos tocamos na primeira tour.

A Go Go: Foi tudo isso...que proporcionou a Segunda Tour? Dessa vez foram quantos países e quantos shows?
TMMM: Desta vez foram 23 shows em sete países: Holanda, Bélgica, França, Alemanha, República Tcheca, Itália e Suíça.

A Go Go: Como é o esquema, vocês levam seus instrumentos, alugam lá??? E o rolê, Vão de Van? Alugada ou brodagem...e por falar em brodagem tocaram com que bandas lá? Essas bandas se tornaram parceiras ou só o esquema de show e cada um pro seu lado?
TMMM: A gente leva os instrumentos, o backline a gente aluga lá, pois os bares não tem. As bandas costumam tocar com seu próprio backline, por causa de timbragem esse tipo de coisa, o que faz o maior sentido. Mas todos os bares têm PA e um som nervoso para música ao vivo. Alugamos a van e o backline do mesmo mano, Dirk, um alemão. Com certeza a maioria das bandas que estão no circuito é brodagem, como Tonomats, Surfing Henchmen, Del Toros, ......and the Pussies, uma pá de banda boa e gente fina.

Vamos por um som antes de continuar??? Perfect... 
Um cover Ao Vivo que faz prte do terceiro CD...Holiday in Cambodia.




A Go Go: Outra parada cabeluda deve ser hospedagem e rango...dá um relato sobre isso pra gente!!!
TMMM: Hospedagem ou é em hostel, que é mais barato que hotel ou é no próprio lugar em que se toca. Vários lugares têm quartos reservados para os músicos. O que pra banda é melhor, pois não precisa ficar se deslocando toda hora. O rango é cabuloso mesmo pra nós, num tem arroz feijão né e a parada dos caras é tudo sem sal, mas os chocolates são demais, vixe.

A Go Go: Conheço algumas bandas punks que já estiveram na Europa e fizeram um circuito de Squats, foi o mesmo pra vocês??? Quais os melhores picos pra tocar ??? E como estava o publico de vocês, casa cheia toda noite, dava pra levantar um troco?
TMMM: Tocamos em um squat na Suíça. Pra mim um dos melhores shows. Lotado, rapaziada gente boa, mulher bonita e uma bagunça danada. Num tinha preço fixo na portaria, cada um dava o quanto queria e mesmo assim eles levantaram uma grana muito boa pra pagar a banda, mais que o combinado na verdade. Pra tocar o melhor país creio que seja a Holanda. A gente tocou até de segunda-feira, então de fim de semana era sempre cheio, as segundas depende do lugar, mas sempre tinha uma galerinha boa.

A Go Go: Qual a diferença do publico Brasileiro e do gringo? As tribos lá se misturam???
TMMM: A gente tocou em vários lugares diferentes, alguns redutos de rock, outros bares de música ao vivo. No nosso caso, a surf music abrange muita gente, desde os punks, bangers até os mais velhos, que curtem o surf tradicional, então era uma mistureba de gente.

Mullets Monster Mafia - European Tour
Meu que história....


Na primeira parte falamos do primeiro trabalho da banda e vamos concluir agora falando do dois mais recentes.

The Mullet Monster Mafia – Dogs of The Seas (Orleone Records – 2011) 
 4,5 PINTS PRO DISCO.


                                      
Nesse segundo trabalho encontramos a banda mais madura e como sempre demonstrando uma qualidade acima do normal. Pra quem escutou o primeiro disco e duvidava de um novo trabalho em alto nivel, quebrou a cara, pois o disco é foda também !!
O CD começa com um surfão clássico, estilão Dick Dale, lindo... na sequencia um som “a lá Western” tão bom quanto o surf clássico.
É impressionante como o trompete da uma guia pro som do Mullets, e em Surf No Limits... o sopro chega a emocionar. Ele tira o peso da musica sem deixar ela caída.
Acaba a sétima musica e você fica com aquela sensação de quero mais, mais um álbum brilhante pra discografia do Mullets Monster Mafia.


Antes da próxima resenha, um teaser desse mesmo disco...só pra dar uma água na boca!!





The Mullet Monster Mafia vs. Spellbound – Clash of The Irresistible (Drunkabilly Records – 2013) em LP com CD.


4,0 PINTS PRO DISCO


Oh Boy... dá até tesão pegar um trabalho bem feito assim... pra começar o vinyl é branquinho.. lindo.. e pra agilizar a vida do caboclo, junto vem um CD com encarte completinho tem até um som bônus de cada banda... assim você só escuta o vinyl em ocasiões especiais.
Mas nem tudo esta tranquilo no mar do Mullet Monster Mafia, pois uma das minhas peças prediletas saiu da banda... O Trompete!!
Será que isso vai abalar os som dos caras??? Bem antes de chegar nisso vamos falar do Spellbound a banda de Psychobilly que divide o disco com o MMM e justamente pra disparar esse split MMM e Spellbound fizeram alguns shows juntos na tour europeia dos Mullets.
O Spellbound trás um psycho clássico na verdade mais pro rockabilly que pro psycho... num é nada podre ou tosco, como o estilo costuma ser, o que acabou por me fazer curtir mais a banda, pois fazer um psycho sujão, tá meio complicado, escuto um monte de banda tentando e se perdendo, principalmente no referente a vocais, coisa que não rola com o Spellbound, que tem um vocal mais limpo e muito claro.
O som é bom, nada do outro mundo mas bem interessante, destaque pra simpática versão de “Devil in Disguise”.

Agora sim... Mullet Monster Mafia...
A primeira musica é Sands of Little England e vamos lá...
Sim algo mudou. O som está diferente, mas continua ótimo! Tá mais pegado, mais forte e rápido, bastante energético.
A banda sempre teve um som parrudo, mas agora isso se agiganta, o sopro suavizava e agora mesmo quando são mais lentos se percebe uma musica mais robusta.
Boas partes das melodias remetem a coisas “épicas”: ondas gigantes, mar revolto, grandes batalhas, nessa linha.
Acho que isso tudo fica claro no cover da banda: Holiday in Cambodia do Dead Kennedys e na faixa seguinte: SURFTRASHLENHA, que é como a banda autodenomina seu novo estilo de som!!!

Lenha mesmo maluco... num fica nada de pé!!

Se curte Surf Music é obrigatório!
Ai vai o site da Drunkabilly ou tente com a banda  [Facebook MMM] , mas tem poucas cópias...a minha já ta aqui em casa!!!

Flavio Loco Ferraz


Um comentário:

  1. boa materia, como sempre o flavio loco ferraz dinamiza bastante bem nossa cena com seus ins and outs

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